11 de Novembro. Seria quase impossível imaginar que fosse realmente um Domingo e ainda por cima de primavera, daqueles que convidam a passear perto do Tejo e descansar da e para a semana. Mas ainda assim, às 9 da manhã, os primeiros passos fizeram-se ouvir.
Chegavam os Músicos, com mochila, colchão, instrumentos pendurados e abertura no olho.
Havia cansaço. Mas havia, mais que tudo, vontade, energia, predisposição, interesse, vitalidade.
Chegavam os Músicos, com mochila, colchão, instrumentos pendurados e abertura no olho.
Havia cansaço. Mas havia, mais que tudo, vontade, energia, predisposição, interesse, vitalidade.
O espaço amplo depressa se encheu de corpos andantes. E cada corpo se encheu de espaço ao longo do dia.
Começava a formação "O Eu, o Outro e o Espaço". Tudo estava presente e tudo fazia sentido.
Foram 6 horas de trabalho prático, troca de experiências e reflexões. Foram 6 horas de música a soar por fora e movimentos a soar por dentro. O som externo baixou o volume e permitiu ouvir os sussurares dos corpos destes participantes com forma de clave de sol.
A experiência encheu a Orquestra Metropolitana de Lisboa com sons de passos, de corrida, de dança, de contacto com o chão, de balanço de corpos,...
Cada um viu e mostrou de si. E os corpos foram-se afinando mais e mais e mais....
Nessa tarde de sol lá fora, viveu-se o ritmo de outra maneira....